Tabelas de Indicadores Econômicos
- Índice Nacional de Preço ao Consumidor - INPC
- Índice de Preço ao Consumidor Amplo - IPCA
- Índice de Preço ao Consumidor Amplo Especial - IPCA-E
- Taxa Referencial - TR
O que são os índices de Correção Monetária?
Índices de correção monetária são ferramentas econômicas utilizadas para ajustar valores financeiros com base na variação do poder de compra da moeda ao longo do tempo. Eles são essenciais para garantir que contratos, salários, preços e investimentos mantenham seu valor real, considerando os efeitos da inflação.
Os índices de correção monetária são indicadores que medem a variação de preços em uma economia. Seu principal objetivo é corrigir monetariamente valores nominais, ajustando-os de acordo com a inflação. Isso assegura que os valores mantêm seu poder de compra ao longo do tempo, protegendo consumidores, investidores e empresas da desvalorização da moeda.
O conceito de atualização monetária está intrinsecamente relacionado ao fenômeno econômico da inflação, que é a perda do poder aquisitivo da moeda. A inflação é caracterizada pelo aumento contínuo e generalizado dos preços dos bens e serviços.
Indexadores de Correção Monetária no Brasil
O Brasil utiliza diversos índices de correção monetária, cada um com metodologia e aplicações específicas. Entre os mais conhecidos estão:
INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor): Foi criado no ano de 1979 e é apurado pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) tendo como objetivo medir a variação dos preços dos produtos e serviços consumidos pelas famílias com renda de 1 a 5 salários mínimos.
IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo): Foi criado no ano de 1980 e também é calculado pelo IBGE e tem como objetivo medir a variação média dos preços de bens e serviços consumidos pelas famílias brasileiras com renda de 1 a 40 salários mínimos.
O IPCA é adotado como indexador para correção monetária de diversos tipos de dívidas, contratos e investimentos.
IPCA-E (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo Especial): Criado no ano de 2021 e corresponde a uma variação do IPCA e também é calculado pelo IBGE. Ele considera a inflação em um período mais alongado, levando em conta a variação de preços ao longo de 12 meses.
TR (Taxa Referencial): A TR é calculada pelo Banco Central do Brasil e serve como um indexador para diversos contratos e obrigações financeiras. No entanto, a TR não reflete diretamente a variação da inflação, pois é baseada em médias ponderadas das taxas de juros dos CDBs (Certificados de Depósito Bancário) e RDBs (Recibos de Depósito Bancário).
A TR é foi bastante utilizada como indexador para a correção monetária, mas sua aplicação tem sido objeto de discussões quanto à sua efetividade em preservar o valor real dos valores corrigidos.
SELIC (Sistema Especial de Liquidação e de Custódia): A SELIC foi criada em 1979 e é a taxa básica de juros do Brasil, estabelecida pelo Comitê de Política Monetária (COPOM) do Banco Central. Ela é utilizada para operações de empréstimos entre bancos e tem influência direta na economia e nas taxas de juros praticadas no país.
Embora a SELIC não seja um indexador de correção monetária, ela pode ser utilizada para atualização de valores, especialmente em casos de juros moratórios ou remuneratórios, além de ser um parâmetro relevante para cálculos financeiros.
INCC (Índice Nacional de Custo da Construção): Calculado pela Fundação Getulio Vargas (FGV) e tem como objetivo medir a variação dos custos da construção civil, considerando insumos, mão de obra e outros fatores relevantes.
O INCC é utilizado para correção monetária de contratos e obrigações relacionadas ao setor da construção civil, como contratos de financiamento imobiliário e cálculo de indenizações.